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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

quinta-feira, agosto 30, 2007

Toma e embrulha!!

Pois, eram 15 dias longe do blog, mas não resisti.
Deixo aqui um video, de 6 minutos, em que uma miúda dá uma lição a todos os adultos do mundo. Provavelmente alguns de vós já o viram, mas não posso deixar de o divulgar.

http://www.youtube.com/watch?v=uRM5aquMO1I

segunda-feira, agosto 27, 2007

Energias



A Maria Papoila vai ali e vem já. São cerca de 15 dias e passa depressa.
Entretanto, vou continuar a passear pelos blogs dos meus amigos virtuais.
Vou resolver uma coisa importante, por isso, toca a mandar boas energias para o lado de cá, ok? Agradeço!

sexta-feira, agosto 24, 2007

Dúvida social

Estava aqui a pensar com os meus botões:
Não será mais justo os casais combinarem e cada um dos membros gozar de metade da licença de parto? É que os homens também contribuíram para o nascimento da criança. Não será justo que também eles possam usufruir de uns tempos em casa a ver o rebento crescer? Sim, eu sei que isso já está previsto na lei, mas quase ninguém aproveita!
E depois também resolviam aquele velho problema das mulheres: não serem contratadas pelas empresas porque têm o dom de poderem ser mães… Até parece que os homens não têm capacidade para serem pais!

quinta-feira, agosto 23, 2007

Gerações

Ao fim da tarde vejo um programa na SIC Notícias. Os telespectadores podem ligar para dar a sua opinião. Tratava-se de discutir sobre aquilo a que chamavam a “Geração Mil-Eurista”. Ou seja, geração que não ganha mais de mil euros por mês.
Isto interessa-me, porque ao que parece estou incluída nessa geração.
Ouço uma série de disparates. Ligam senhoras com mais de setenta anos, por quem tenho o maior respeito, mas que estão tão longe de nós que não entendem.
Não entendem que a nossa geração é a “Geração à Rasca”. Uma geração que faz licenciaturas e depois não pode por em prática aquilo que aprendeu porque não há empregos. Uma geração que passa anos a estudar e depois, em muitos casos, acaba a servir às mesas ou a viver do subsídio de desemprego (enquanto dura). Uma geração que trabalha doze horas por dia e ainda não conseguiu dinheiro para sair de casa dos pais. Quantos têm noção que por 750 euros, empresas como a SONAE exigem mais de 50 horas semanais no local de emprego, a trabalhar a sério?
Somos uma geração que adia projectos de vida: não casa, não tem filhos, não é verdadeiramente independente.
Eu sei, eu sei que não é geral. Mas não me digam que não somos empreendedores, que não queremos aprender, que não lutamos, que não trabalhamos. É mentira! Trabalhamos e trabalhamos por 500 euros, por 600 e alguns por mil. Somos mais a geração quinhentos-eurista, que trabalha a recibos verdes, sem subsidio de férias ou de Natal.
Num país onde se diz que ainda há poucos licenciados, não há emprego para os licenciados que já existem.
No tal programa, uma telespectadora diz que as engenharias estão muito bem ao nível da empregabilidade e até sugere uma geração quase exclusiva de engenheiros. Está tão longe de nós, essa senhora! Conheço engenheiros informáticos a ganhar 500 euros por mês. Conheço pessoas com o 9º ano a ganhar o triplo. Ninguém é mais que ninguém, mas quem tem qualificações e quem lutou para as ter, devia merecer mais. Ou não?

quarta-feira, agosto 22, 2007

Chutar pra canto!

A Maria Papoila já disse várias vezes que gosta de futebol.
Ontem fiquei surpreendida com a recepção dos benfiquistas ao novo treinador do SLB. Parecia que tinha chegado o salvador da pátria! Gritos histéricos, palmas, o centro de estágio, no Seixal, completamente cheio. Este salvador vem ganhar o triplo do seu antecessor, por isso fico à espera para ver.
Não consigo é esquecer os comentários desagradáveis de Camacho aquando do Euro 2004. Insultou a nossa selecção e o nosso país, mas os portugueses parecem ter-se esquecido disto. Pelo menos os benfiquistas esqueceram e que eu saiba, a maioria dos benfiquistas ainda tem nacionalidade portuguesa. Não acham que devia ser-lhes retirada?

terça-feira, agosto 21, 2007

Mulher de peso

Todos se lembram daquele rapaz que na escola fazia a “vida negra” aos colegas. Em todas as escolas existirão sempre pessoas que não lidam bem com a felicidade dos outros e que tratam de tentar fazer dos outros pessoas infelizes. A minha teoria foi sempre esta: só pessoas que estão de mal com a vida se comportam desta maneira anti-social.
Na escola secundária que a Papoila frequentou essa pessoa não era o habitual rapaz mal comportado. Era uma rapariga. Não criava problemas dentro da sala de aulas, mas tinha prazer em estragar a boa disposição dos outros. Era particularmente manipuladora. Assim, com o auxilio de meia dúzia de lambe-botas, tratava de infernizar a vida daqueles que lhe pareciam mais felizes. A Maria Papoila chegou a ser alvo das investidas da tal rapariga, mas azar dos azares, a Papoila não ligava e continuava feliz. Lembro-me que uma vez me mexeu na mochila e retirou de lá algumas coisas íntimas, com que tentou fazer graça. A Papoila não se deu por vencida e fez piadas com a situação. Resultado, a desgraçada nunca ficava a ganhar… Pelo menos comigo.
Por estes dias, fiz umas mini-férias, encontrei pessoas que já não via há muito tempo e foi um verdadeiro prazer. No entanto, no mesmo local onde encontrei essas pessoas de quem tinha saudades, encontrei também a tal rapariga. Alguém me tinha dito que ela, outrora com mais de 100 kg, tinha colocado banda gástrica e estava mais magra. Mal cheguei reconheci-a logo, mas fiz de conta que nem vi. Desde há muito tempo que só “vejo” as pessoas que me são queridas e não gasto as vistinhas, nem o meu latim com gente que não vale a pena.
A acompanhar a Papoila estava uma velha amiga, que também luta contra problemas de peso, mas que está a tentar resolvê-los sem recorrer a cirurgias. Andámos as três na mesma escola: A Papoila, a minha querida C. e o raio da gaja. Pensei que a fulana, com a idade, se tivesse deixado de atazanar as pessoas. Mas não. Mal apanhou a minha amiga sozinha, tratou de a ir cumprimentar e exibir a nova forma física, que diga-se de passagem, não melhorou assim tanto. Como a conhecemos de outros Carnavais, sabemos que tentou estragar a noite da minha amiga e a minha, claro. Não conseguiu e nunca vai conseguir. Isto porque a minha amiga é enorme e será sempre enorme. Mesmo que passe a pesar 50kg, a minha amiga será sempre grande.
Grande em cultura, grande em amizades, grande em alegria, em sorrisos, em bondade e em espírito.
A tal fulana nunca pesou mais de 2kg, ela é que não sabe…

segunda-feira, agosto 20, 2007

Aproveitar!!

A Maria Papoila passou os últimos dias na terra natal. Fui às festas da cidade. Quando era miúda, achava aquilo tudo uma seca. Emigrantes por todos os lados, muito trânsito, as ruas sujas e música pimba nunca foram motivos de atracção para a Papoila. Até que um dia as coisas mudaram. Convidei alguns amigos para passarem lá os dias de festa e descobri que com boa companhia, a coisa muda de figura. Passei a gostar das festas. Percebi que as festas populares podem ser muito engraçadas. É diferente, é kitch e não vejo nenhum mal em saber estar em todos os lugares com alegria e boa disposição. A diversão não é só no Twins, nem no Plano B. A diversão é onde nos sentimos bem. Pode ser em casa de um amigo, na nossa própria casa, ou na rua, seja no S. João ou nas Festas do Socorro.
Sinto-me bem por saber estar em todo o lado. Por saber comer no restaurante mais requintado ou com as mãos, numa feira medieval (a de Santa Maria da Feira é o máximo!). Por gostar de dançar qualquer tipo de música, desde que seja dançar com vontade de me divertir. Por pedir um Dry Martini no bar do D. Henrique ou por beber um fino num copo plástico no meio da rua. Por calçar saltos altos com a mesma facilidade com que enfio umas sapatilhas. Sinto-me bem, porque assim aproveito todos os lados bons da vida. O que é a vida se não aprendermos a contactar com todas as suas realidades? Para que serve a vida se não a soubermos aproveitar?
Boa semana! E… aproveitem tudo (tudo mesmo) o que a vida nos dá!

terça-feira, agosto 14, 2007

Fim-de-semana!!






Vou andar uns dias por aqui... num dos lugares mais bonitos do país: o Douro.
Façam como eu e passem por lá nos próximos dias!
Até segunda-feira.

Torga





Subimos ao monte de S. Leonardo da Galafura.
A Maria Papoila, ainda muito pequena, ouviu atentamente o pai.
“Estás a ver este poema, escrito na parede da capelinha? Foi escrito por Miguel Torga.”
Era um poema ao lugar onde estávamos. Um lugar situado num ponto muito alto, de onde se avista o Douro em toda a sua beleza agreste e dura.
Continuo a achar que aquele poema foi o mais belo que Torga escreveu.
Faria 100 anos, o escritor, se fosse vivo. A imprensa insiste em apelidá-lo de poeta. Parece-me uma burrice e falta de conhecimento da obra de Torga.
Para mim, Torga foi um escritor. Escritor apenas, sem o catalogar em sub-categorias ridículas. A ser catalogado, seria justo inclui-lo na sub-categoria dos contistas.
Mas Torga foi um escritor, escritor de verdade, coisa que não abunda em Portugal por estes tempos, excepção feita a alguns, como Lobo Antunes.

Silly Season

Não me lembro do primeiro teatrinho que representei. Só sei que era muito pequena e que no público estava a família e alguns amigos. Dos teatros na escola primária já me lembro de alguns. Sei que, entre outras personagens, fui a “Branca de Neve”, a “Gata Borralheira” e, pasme-se, a “Maria Papoila”.
Assim, ao longo da vida, o teatro esteve sempre presente no meu dia a dia. Encenei peças, representei e declamei poesia.
Uma vez, gravei um pequeno “sketch”, mas não gostei muito. Faltava-me o público, que me faz disparar a adrenalina.
Parece-me que sempre quis ser actriz. Actriz de teatro. Esqueçam o cinema e a televisão, o teatro é que dá uma “pica” enorme. Nunca sonhei receber um Óscar, nunca sonhei com a fama, só queria ser actriz de teatro. Uma decisão mais racional fez-me seguir outro caminho, mas o “bichinho” está cá.
Tudo isto a propósito de um post da querida Calimera, que decidiu atribuir-me um Óscar. Com a “silly season”, deu-lhe para começar a distribuir prémios e desafios aos bloggers que ainda não foram de férias!!
Assim, a Papoila, que nunca esperou receber um Óscar, acabou por recebê-lo. Obrigada Calimera!
Sei, por experiências anteriores, que devo nomear outros candidatos a este Óscar, mas querida Calimera, a Papoila sempre quis ser actriz, por isso, desta vez, não nomeio ninguém! Vou ficar com a estátua só para mim. Coisas de artista!

segunda-feira, agosto 13, 2007

Calimera...

Na vida extra-cibernética, a Maria Papoila nunca ligou a tretas. Há uma senhora que lê o tarot e acerta em tudo? Treta! Respeito quem acredita, mas para mim é uma perda de tempo.
Também aqui, na internet, a Papoila não é muito dada a tretas. Sabem aquelas correntes que nos enviam por mail e que nos ameaçam com todos os males do mundo se não as reenviarmos? Treta! Nunca reenvio e apago sempre… Lamento pelos meus amigos que perdem tempo a enviar-me essas coisas.
O mesmo se passa aqui no blogger. Quanto às correntes, memes, ou algo desse género, só respondo àqueles a que realmente acho algum interesse ou alguma piada.
A querida Calimera anda entusiasmada com este tipo de coisas. Vai daí espeta-me com o "The Power of Schmooze Award". Leio o post em que sou indicada para o prémio e fico sem perceber muito bem que prémio é este e se realmente o mereço. Então, trato de perceber o que é este "The Power of Schmooze Award".
A minha primeira impressão é de que este prémio não é novidade na blogosfera.
Depois de uma pesquisa mais apurada fico a saber que este prémio se destina aos bloggers que acabam por se relacionar com outros bloggers, que gastam tempo a visitar outros blogs que não apenas os mais famosos, que comentam noutros blogs e respondem aos comentadores do próprio blog, criando uma espécie de amizade em que se trocam ideias e até algum carinho.
Fico com a sensação de que se trata de um prémio que destaca aqueles que gostam de um bom debate, de uma boa conversa, mas também de ir deixando uns mimos nos blogs que visitam.
De repente, este prémio começa a parecer-me mais próximo.
É que a Papoila, tanto no blogger como na vida, aprecia uma boa conversa, gosta de conhecer outras ideias e opiniões, mas também gosta de “meter a penada” nas opiniões dos outros. A Maria Papoila gosta de ir noite dentro conversando sobre tudo e sobre nada. Gosta de discussões acesas, mas também de conversas cujo único propósito é dizer umas tolices ou mimar um amigo. Mas aquilo de que a Papoila mais gosta é mesmo de conhecer pessoas diferentes, pessoas ousadas, pessoas recatadas, pessoas estranhas, pessoas doidas varridas e claro, pessoas que de tão inteligentes, são realmente estranhas. Só imponho um requisito: que essas pessoas conversem comigo tão honestamente como eu com elas.
Olha… este prémio fez-me pensar introspectivamente!

Assim, querida Calimera, considera o prémio aceite e retribuído! ;)) Ah, pois é!!
Passo à explicação “institucional”:

O prémio foi criado pelo Mike do Ordinary Folk.

“Este prémio é uma tentativa de reunir os blogs que são adeptos dos relacionamentos "inter-blogs" fazendo um esforço para ser parte de uma conversação e não apenas de um monólogo.”

Regras (um bocado abrasileiradas):
1. Se, e somente SE, você receber o "Thinking Blogger Award" ou "The Power of Schmooze Award", escreva um post indicando 5 (cinco) blogs que têm esse perfil "schmoozed" ou que tenha te "acolhido" nesta filosofia.
2. Acrescente um link para o post que te indicou e um para o post do Mike, para que as pessoas possam identificar a origem deste meme.
3. Opcional: Exiba orgulhosamente o "Thinking Blogger Award" ou o "The Power of Schmooze Award" com um link para este post que você escreveu.

E agora, senhoras e senhores, meninos e meninas, the award goes to:

Borboleta

Break Silence

Gajas Boas

Marta

Babe


Obrigada, Calimera!

sexta-feira, agosto 10, 2007

Mais um desfio...

Depois das sete maravilhas do mundo e depois das sete maravilhas de Portugal, a querida Calimera convida-me a eleger as sete maravilhas da minha vida. São mais que sete, mas vou tentar condensar:

O Hugo: claro, senão não tinha casado com ele…

Os meus pais: sem eles não existiria, nem como pessoa nem como gente.

A minha prima Catarina, a gémea dela, a Gisela, o Vítor, que é o menino dos meus olhos, e a minha tia mais nova: como sou filha única eles acabam por ser tanto como meus irmãos (mas sem as birras que normalmente os irmãos fazem).

As viagens que fiz com o meu marido: para além da companhia, acabámos por escolher destinos maravilhosos.

A comidinha da minha mãe: gosto de comer e a minha mãe é a melhor cozinheira que conheço. Doces ou salgados, é tudo bom.

O Douro: nasci lá e preciso daquela terra para recarregar baterias. Lembram-se da paixão da Scarlet O´Hara pela sua terra? Pronto, é mais ou menos isso…

Os amigos: não posso dizer que sejam muitos, mas são bons!

Já acabou? Que pena serem só sete…

quinta-feira, agosto 09, 2007

Tem dias...

Há uns tempos começou a aparecer na imprensa portuguesa um tal Sr. Berardo. Se ele já era conhecido antes, peço imensa desculpa pela grave omissão.
A primeira vez que ouvi falar dele foi quando começaram umas tais negociações sobre um museu lá para os lados do CCB. Algum tempo depois, uma das nossas televisões fez-lhe uma entrevista e apresentou-o como uma pessoa fantástica que tinha vindo do nada e que subiu a pulso.
O passado do Sr. Berardo não me interessa particularmente. Só sei que não tem decorrido uma semana em que este senhor não apareça em algum lugar da imprensa.
Às vezes irrita-me profundamente, mas doutras faz-me sorrir.
É certo que o nosso país não está habituado a que um “self made man” chegue à televisão e desate a dizer tudo o que lhe vem à cabeça, mesmo que dias depois venha desculpar-se…
Irrita-me que fale como se tivesse uma batata quente na boca e que insista em substituir CMVM por “CVM”. Será que aqueles que o rodeiam ainda não o corrigiram? Julgo que sim, mas acho que consigo imaginá-lo, com a batata quente na boca a dizer “Eu não quero cá saber disso, o homem percebe o que eu estou a dizer, não percebe? Então pronto.”
Por aquilo que vou ouvindo por aí, Joe Berardo desperta sentimentos completamente opostos: ou se adora ou se odeia.
Eu ainda não decidi. Diverte-me o à vontade com que ele acusa o BCP de fraude de colarinho branco. Diverte-me que queira lançar uma OPA ao Benfica SAD e depois não saiba explicar com a coerência de um homem de negócios qual o plano concreto.
No essencial parece-me um ser humano que sabe aproveitar a vida e que por ter dinheiro aos montes, quando deseja fazer algo, fá-lo, sem pensar se vai ou não perder uns tostões, se vai ou não ser criticado. Imagino os grandes empresários do país a sorrir nas suas costas porque não têm a coragem de lhe rir na cara, como ele lhes faz.
Ás vezes olho para ele e vejo que talvez não passe de um saloio, que “à la Alberto João” diz o que lhe dá na veneta, de forma rude e até mal-educada. Não me parece especialmente instruído, mas pelos vistos, a escola dele foi a vida. Talvez por isso lhe saiba tão bem aparecer nas primeiras páginas da imprensa.
Li aqui há dias uma entrevista que ele concedeu à revista “Sábado” em que contava que alguns americanos já o tinham aliciado a investir nos EUA e a deixar Portugal. Resposta dele (mais ou menos isto): Não, porque nos EUA eu não passaria de mais um e aqui posso fazer a diferença, porque como eu não há muitos.
Digam lá se conseguem tirar desta frase a ambiguidade que eu tirei.
Deixem-me dizer como ele: o homem nem é parvo de todo e ao mesmo tempo não esconde que o que ele quer é ser reconhecido no seu próprio país!
Continuo sem me decidir. Não sei se ame, não sei se odeie. Tem dias…

quarta-feira, agosto 08, 2007

E o Diabo tece...

Tenho tido problemas em publicar novos posts. Não sei o que se passa com o meu blog ou com o raio do blogger. A minha querida Calimera diz-me ainda que os comentários que aqui me deixa simplesmente desaparecem… E o pior é que nem sequer me chegam ao mail.
Quem percebe mais disto que eu diz-me que às tantas alguém me descobriu a password.
Pelo sim, pelo não, alterei-a.
Se por acaso não sou eu a única a ter problemas destes, partilhem comigo.
Sempre fico mais aconchegada, se tiver companheiros de infortúnio…

Não vá o Diabo tecê-las...

Durante esta semana, uma das minhas vizinhas bloggers descobriu que era acusada de plágio por uma outra blogger. O que é curioso é que a outra blogger a acusou de plágio no seu próprio blog. Não teve o “Fair Play” de ir ao blog dela e perguntar se por acaso a andava a copiar. Assim, a minha vizinha só por coincidência soube daquilo de que era acusada. Tratou logo de esclarecer a coisa, quer no blog dela, quer no da outra. Gosto de pessoas directas e que vão a jogo sem medo e sem intenções menos claras. Quem não deve não teme, não é, querida vizinha?
Levada pela curiosidade suscitada por esta situação, pesquiso no Google as palavras “Maria Papoila” e “blog”. Descobri Papoilas que publicam receitas de bolos e Papoilas que publicam poesia. Tudo coisas de que eu também gosto. Felizmente, não encontrei nenhum blog onde me possam acusar de plágio. Ufa! Claro que não estou livre de vir a acontecer…
É engraçado verificar como o mundo dos blogs pode ter efeitos completamente opostos. Nalguns casos, exprimem aquilo que há de melhor no ser humano, mas noutros, a coisa muda de figura e as pessoas, por detrás de uma personagem, conseguem mostrar aquilo que há de pior no Homem: inveja, falta de educação, raiva, orgulho exacerbado e tudo o resto que caracterize um ser humano mal formado e sem escrúpulos.
Gostava de conhecer algumas destas pessoas, mas como isso é quase impossível, entretenho-me a imaginá-las solitárias, amargas, com problemas de peso e pitosgas. A verdade é que me assusta que essa gente possa ser tão vulgar como a vizinha do lado, ou como a senhora da padaria. Depois de dar uma volta por alguns blogs, chego à conclusão de que talvez não sejam assim tão maus os insultos publicados por aí. É que enquanto esta gente despeja a raiva na Internet, talvez acabe por não o fazer lá fora, na vida real.
Quanto à personagem desta “Maria Papoila”, digam o que quiserem que ela não se importa. Afinal, talvez não passe disso mesmo: uma personagem que esconde uma velha senhora pitosga, que come pizas o dia todo.

segunda-feira, agosto 06, 2007

Hormonas?

As relações humanas são, como todos sabemos, de natureza extremamente complicada.
Os culpados somos nós, claro, os humanos. Lembro-me das conclusões a que o meu amigo Carneiro chegou após anos de reflexão sobre aquilo a que ele chamava a “ Teoria da Comunicação”. Com essa teoria ele pretendia conseguir entender melhor as mulheres. Ainda lhe servi de cobaia, mas julgo que a única conclusão que ele tirou ao fim de tanto tempo, foi que no fundo, somos todos iguais. Homem ou mulher, o ser humano não é assim tão complexo, nós é que gostamos de complicar.
Conheço duas pessoas que talvez fossem perfeitas uma para a outra. Seria tudo muito simples se não tivessem enveredado pelo caminho do “somos apenas amigos”.
Entre outras afinidades, ela queria ter tido filhos ontem e por vontade dele, os filhos seriam para anteontem.
Encontraram-se numa encruzilhada e decidiram seguir caminhos diferentes.
Nenhum deles tem uma vida que os faça realmente felizes. Podiam ser o casal perfeito. Decidiram complicar. Ou as hormonas deles são complicadas…
Será que o raio da química nos vai lixar a vida para todo o sempre, ao longo da História?

sábado, agosto 04, 2007

BOM FIM-DE-SEMANA!!

sexta-feira, agosto 03, 2007

Caracóis

Há caracóis.
Nesta época, por todo o lado onde haja comida e cerveja, há um cartaz pendurado a anunciar os caracóis. Lembro-me dos Verões da infância em que o meu tio chegava para passar uns dias e trazia uns valentes quilos de caracóis. Colocava-os numa cesta e dava-lhes banhos e mais banhos até estarem prontos para saltar para a panela. Depois, à hora de jantar, os caracóis eram tantos que não comíamos mais nada.
Já comi caracóis outras vezes, mas nunca mais tiveram o mesmo sabor.
Ás vezes penso que todas as coisas continuam iguais e eu é que mudei. Por vezes é verdade, mas desta vez sei, porque sei mesmo, que a receita de caracóis do meu tio é que era! Será que neste Verão o convenço a voltar a fazê-la?

quinta-feira, agosto 02, 2007

Provocações

Tal como esperava, o meu último post acabou por suscitar opiniões diversas.
“Funes, o memorioso”, pergunta-me o que entendo por pedofilia, diz-me que escrevi uma série de dislates e que os meus comentadores não foram mais racionais.
Já conheço o caríssimo Funes (ou pelo menos o que ele escreve) desde há algum tempo, por isso aceitei a sua provocação. Também sei que Funes é profissional do Direito e que as suas opiniões são por vezes polémicas. Ás vezes tenho a sensação de que tem verdadeiro prazer em provocar, por isso não gosto de o deixar sem resposta. Acho-lhe piada e gosto de ser provocada, por isso, em jeito de post, cá vai a resposta.

Caro Funes:

Em primeiro lugar, deixo-lhe aqui a resposta da Wikipedia:

«A pedofilia (também chamada de paedophilia erotica ou pedosexualidade) é uma parafilia na qual a atracção sexual de um indivíduo adulto está dirigida primariamente para crianças pré-púberes ou ao redor da puberdade. A palavra pedofilia vem do grego παιδοφιλια < παις (que significa "criança") e φιλια ("amizade").

A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde. Os actos sexuais entre adultos e crianças abaixo da idade de consentimento (resultantes em coito ou não) são enquadrados como crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram actos ilícitos.

Sigmund Freud dizia ser a pedofilia "perversão dos fracos e impotentes”.
A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à protecção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual”.»

Já Fernando Gomes da Costa, define pedofilia do seguinte modo:

“A pedofilia é uma psicopatologia, uma perversão sexual com carácter compulsivo e obsessivo, na qual adultos, geralmente do sexo masculino, apresentam uma atracção sexual, exclusiva ou não, por crianças e adolescentes impúberes. Alguns autores consideram a pedofilia uma síndrome (conjunto de sinais e sintomas) que ocorre em diversas psicopatologias.”

O dicionário de Língua Portuguesa da Porto Editora diz o seguinte:

Substantivo feminino
1. atracção sexual patológica de um adulto por crianças;
2. prática de actos sexuais com crianças, considerada crime.

No entanto, sei que a sua provocação não pretende saber o que dizem estas fontes, já que basta uma busca na Internet para as encontrar. Sei que a sua provocação, como é costume, pretende lançar um desafio com tendência a ver as coisas de outro modo.
Assim, deixe-me provocar também.
Sem qualquer intenção de ofensa ou “agoiro”, gostaria que me respondesse ao seguinte:
Tem crianças na sua família, não tem? Eu tenho. Até tenho uma criança que aparentemente conviveu durante algum tempo com um professor, alegado pedófilo. Felizmente, não foi vítima, mas podia ter sido.
Agora pergunto-lhe o que faria se uma das crianças da sua família fosse forçada ou seduzida por um adulto a manter relações sexuais. Ou a masturbar esse adulto, ou a fazer sexo oral (por aqui somos todos adultos, não somos?). Ou obrigada a “contemplar” os órgãos sexuais de um adulto. Será que compreenderia que esse adulto era apenas um doente? Se a resposta é “sim”, deixe que admire a sua capacidade humana de tolerância para com este tipo de “doentes”.
Há casos documentados de pessoas com desejos por crianças que antes de sequer tentarem tocar uma única criança, pedem ajuda a psicólogos e psiquiatras. Porque essas pessoas sabem que esse ímpeto não é normal e pode acabar para sempre com a vida de uma criança, futuro adulto. Esses sim, são doentes. Aqueles que usam de todas as artimanhas para violar crianças, para as sodomizar, torturar, fotografar e filmar em actos íntimos, não são doentes, são apenas criminosos sem perdão.
Sim, caro Funes, eu conheço a filosofia penal da recuperação e integração do criminoso. Mas na maioria das vezes, para não dizer todas, nem o sistema penal, nem nenhum outro consegue impedir pessoas com esta perversão de voltar a cometer o mesmo crime. Uma vez pedófilo, sempre pedófilo. E se o melhor do mundo são as crianças, não nos cabe a nós sociedade, defendê-las por todos os meios?
Quanto a si, caro Funes, talvez fosse capaz de perdoar e entender que um fulano qualquer roubasse a infância das suas crianças. Talvez fosse capaz de ficar satisfeito com uma pena de prisão aplicada por um qualquer juiz.
Eu não ficaria satisfeita. Peço desculpa aos mais sensíveis, aos que defendem os direitos humanos, ao mundo inteiro se quiser, mas se um criminoso desses tocasse numa das minhas crianças, lhe violasse o corpo ou a inocência, morreria. Acredite, morreria, talvez mesmo às minhas mãos. Pode dizer-me que assim me tornaria tão criminosa quanto o pedófilo. E se depois um familiar desse pedófilo me fizesse o mesmo e me desse um tiro na cabeça? Seria olho por olho e dente por dente? Aceito isso. Mas como disse logo no inicio do meu ultimo post, este tema mexe verdadeiramente comigo. Revolta-me, faz-me perder as estribeiras e a racionalidade.
Longe vai o tempo em que “pedófilo” queria apenas dizer “amigo das crianças”.

quarta-feira, agosto 01, 2007

Pim!!

A meio de uma conversa na esplanada, um amigo pergunta-me porque não escrevo um post sobre a pedofilia.
Respondo-lhe que o tema mexe demasiado comigo e é a mais pura verdade. Mexe com todos, não é?
O marido da Papoila quer comprar casa nos arredores do Porto, para que os nossos filhos futuros possam brincar na rua, como nós brincámos. A ideia não me agrada. “Só se for uma vivenda com jardim, ou um apartamento em condomínio fechado”, digo eu.
Nos EUA, os pedófilos são obrigados a registar-se como tal na sua área de residência. Isso não impede os crimes contra as crianças, mas já é alguma coisa. Na Europa, não se fez ainda grande coisa. O nosso vizinho, o professor dos nossos filhos, a ama, podem ser pedófilos e nós não sabemos.
Fala-se em castração química, mas é uma solução que não me deixa mais descansada. Há casos em que aquele que foi castrado desse modo apenas não consegue uma erecção, mas consegue, obviamente, violar e molestar de outras formas.
Muitos defendem que se trata de uma doença. Mas a verdade é que quem está doente faz tudo para se tratar e a maioria dos pedófilos não recorre a tratamento nenhum, porque gosta do que faz e nem vê grande mal nisso.
Assim, a breve trecho, não consigo perdoar um pedófilo por nada. Pedófilo não é doente. Pedófilo é epíteto de pessoa má, de criminoso, de sem perdão, de filho do raio que o parta!

(Se os professores de Direito Penal lessem o que escrevi no próximo parágrafo, tinham um ataque.)

Os pedófilos só merecem uma coisa: a morte.
Sim, sei que digo isto com raiva.
Sei também que a ameaça de pena de morte não os faria desistir do crime, mas pelo menos começávamos a eliminar alguns, aqueles que fossem apanhados…
Digo mais: condenados à morte após tortura severa (agora era a vez do pessoal da Amnistia Internacional ter uma coisa).
Eu avisei que este tema mexia demasiado comigo!