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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

quarta-feira, abril 25, 2007

Discurso


O Presidente da República acaba de dizer no seu discurso que tem orgulho nos jovens portugueses. Eu também.
É pena que os políticos do nosso país não estejam à altura dos jovens do País dos Cravos.

terça-feira, abril 24, 2007

Abril

Durante meses a Papoila sentiu uma revolta sem fim.
Pessoas competentes e com vontade de trabalhar não encontravam emprego.
Era porque não tinham experiência suficiente, ou porque a aparência não era a pretendida, ou porque simplesmente, o departamento de recursos humanos da empresa X não procurava aquele perfil.
Entretanto, o mês de Abril chegou (sou eu, ou este ano está a passar muito rápido?).
A Catarina já arranjou emprego, não é muito bem pago, mas ela está a adorar. A Jú, depois de 5 entrevistas para o mesmo emprego, foi afastada do concurso, mas logo lhe surgiu uma nova oportunidade e parece que é desta. A Gi foi chamada para várias entrevistas e pode ser que acabe por ficar com um dos vários empregos a que se candidatou.
A Maria Papoila começa a sentir de novo alguma esperança. O desencanto foi atenuado e a vontade de pegar em todos os meus queridos e partir para outro país começa a desvanecer-se. A ver vamos.
Será o mês de Abril o eterno mês da esperança?

segunda-feira, abril 16, 2007

Domingo

Depois de uma noite que começou às dez da noite e terminou às oito da manhã, porque estivemos com quase todos os nossos amigos mais importantes em três momentos e locais diferentes, acordamos tarde e fomos lanchar à beira mar, num fim de tarde de verdadeira Primavera.
Chocolate quente e crepes. Fizemos a curta viagem de volta a casa quase a dormir. “Que preguiça, vamos fazer uma sesta antes de jantar?” E a sesta não se fez, porque ficamos enrolados a conversar. Conversa sobre a noite anterior, a tal que acabou já de manhã, conversa sobre nós, sobre a vida, a família, o mundo à nossa volta.
“E nós? Estamos bem, não estamos?”
Estamos.

sábado, abril 14, 2007

Objectivos

Comenta-se que Mantorras está em condições de ser titular e que o Benfica podia ter melhor sorte se o adorado Mantorras estivesse mais tempo em campo.
Comenta-se em parangonas, que Cristiano Ronaldo vai passar a ser o jogador de futebol mais bem pago do mundo.
Arrastam-se as dúvidas e vasculham-se os mais pequenos pormenores da vida académica do Primeiro-Ministro.
A imprensa é de facto, o espelho do país que temos: coscuvilheiro, invejoso e sem objectivos sérios. Mas somos nós que o fazemos assim. É pena…

segunda-feira, abril 09, 2007

Ontem, uma empresária da zona de Cascais perguntou-me se achava que as coisas estão realmente mal ou se já se tornou hábito queixarmo-nos da crise e da falta de dinheiro.
Como típica portuguesa, tive de emitir a minha modesta opinião.
Acredito que há cerca de dois anos ou três, os portugueses se queixavam do preço das coisas e da falta de dinheiro, mas ainda tinham um “pé-de-meia” ou umas notas debaixo do colchão, que permitiam viver da mesma forma e comprar as mesmas coisas.
Hoje, acredito que as poupanças já foram gastas e todos os empréstimos que se podiam pedir já foram pedidos. Hoje, apesar de ser anunciada a famosa “retoma”, o português médio está realmente mal de finanças. A maior parte dos ordenados está adjudicado, à partida, aos bancos e a variados créditos. Mal o ordenado cai na conta, já tem destino: o empréstimo da casa, a mensalidade do cartão de crédito (porque no mês passado o dinheiro não chegou para tudo), o empréstimo do carro, das férias, dos móveis, etc, etc…
A acrescentar a tudo isto, há realmente muito desemprego, muito mais do que aquele que aparece nas estatísticas, ordenados em atraso, empresários e comerciantes que não recebem dos clientes.
A empresária com quem encetei conversa não é portuguesa, mas lembra-se de há 18 anos atrás, quando chegou ao nosso país, ter ficado muito admirada, porque toda a gente pagava a pronto e ninguém tinha cartão de crédito. Bons tempos, esses em que muitos portugueses tinham uma conta poupança e em que só se comprava quando se tinha dinheiro para tal.
Depois de anos de miséria, o português médio habituou-se a uma vida boa, que apesar de não chegar ao nível dos nossos parceiros europeus, era muito melhor do que no passado. De repente, aquando da adesão ao Euro, tudo começou de novo a decair.
É fácil habituarmo-nos à boa vida, mas é difícil voltar “a passar necessidades”. Assim, estamos endividados até ao pescoço e esta Papoila não prevê coisas boas nos próximos anos…