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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

quarta-feira, junho 27, 2007

AJUDA!

Roubei este pedido à Babe:










Olá o meu nome é AFONSO DINIS LEITE, tenho cinco meses, e há um mês foi-me diagnosticado "LEUCEMIA". Preciso da vossa ajuda para um transplante de medula. Vamos fazer um rastreio NO DIA 01 DE JULHO, NO CENTRO DE SAÚDE DE DELÃES, concelho de V.N. Famalicão. É muito simples... Basta apenas tirar uma pequena amostra de sangue, e podem salvar-me a vida! Conto com a vossa ajuda...! Até ao dia 01 de Julho, das 9.00H às 17.00H."

sábado, junho 23, 2007

S. João




Ó meu rico S. João,
meu santinho protector.
Dá-me cá mais um balão
e uma noite de calor!

sexta-feira, junho 22, 2007

O pior cego...

Antes de mais, que fique bem claro que a Maria Papoila gosta de desporto.
Hoje, os noticiários da manhã abrem com uma notícia catastrófica: os Sub-21 da selecção de futebol portuguesa nem sequer vão aos Jogos Olímpicos! Há comentadores em todas as redacções para comentar o caso. Atribuem-se culpas e dão-se desculpas. Os responsáveis falam de uma derrota de cabeça erguida e os jogadores já não dizem que foram roubados pelos árbitros.
Depois, com muito menos destaque, fala-se da derrota dos portugueses nos quartos de final de hóquei patins. “Isto sim, é que é notícia”, penso eu, já que foi a primeira vez que aconteceu.
Ás derrotas dos sub-21 já devíamos estar habituados. Já ninguém se lembra das derrotas do ano passado em pleno território português?
A selecção de hóquei lutou até ao fim e não perdeu nenhum dos jogos no grupo de apuramento, mas disso quase ninguém falou.
E pronto, tudo isto do desporto é muito bonito e tudo deve ser discutido, mas, pergunto eu: não devíamos estar a discutir coisas mais importantes, num país em que quase 90% dos cidadãos considera que a nossa situação económica é má?
Na verdade, temos medo de encarar os problemas, por isso, vamos aproveitando os fracassos desportivos para ir olhando para o lado e fazer de conta que são esses fracassos os nossos maiores problemas.
Que raio de mania, pá!

domingo, junho 17, 2007

Palavras




A Maria Papoila sempre foi uma apaixonada pela literatura. A minha mãe dava-me um livro e dizia sempre: “Vê lá, não é preciso lê-lo todo no mesmo dia!”
Na escola, e pela vida fora, nunca resisti a corrigir um erro ortográfico de um amigo ou colega. Por ler muito, conhecia sempre o significado das palavras mais invulgares. Nunca senti vaidade por saber ler e escrever português.
Senti sempre como uma obrigação saber falar e escrever correctamente.
É por isso que hoje em dia, me irritam cada vez mais determinadas deturpações do português. Não há SMS que não me chegue com um “jocas maradas” ou “jinhos gordos”.
Ora bem (deixem-me respirar fundo), que raio querem estas “frases” dizer?
“Jokas maradas” são beijos impregnados de cocaína? “Jinhos gordox”, são aqueles beijos que certas velhotas carregadas de cremes e maquilhagem nos dão e que nos deixam a cara cheia de baba e gordura?
E “bigadax”, que raio é isso? Obrigada?
No meio de “K” e de “X” por todo o lado, já não nos é possível saber se a pessoa não sabe escrever e dá erros ou se aderiu à nova moda das mensagens “encriptadas”. Parece que já não é preciso saber escrever correctamente, porque o guarda-chuva da “nova” linguagem abrange quase tudo.
Irrita-me, a sério! Façam o favor de escrever com todas as letras!

sábado, junho 16, 2007

Azul

Oiço comentar com alegria e quase com fanatismo: “Desta vez é que o FCP vai descer de divisão!”
Afirma-se por aí que o FCP só ganhou títulos à custa da “fruta”, e eu fico a pensar se será possível ganhar títulos internacionais à laia de “café com leite”.
Afirma-se por aí que é preciso limpar a corrupção do futebol, como se os árbitros só tivessem sido “presenteados com umas meninas” por parte de FCP e de Pinto da Costa.
Adeptos de variados clubes rejubilam porque PC foi apanhado com a boca na botija e festejam, como se nos outros clubes nunca se tivesse tentado manipular resultados.
Estão todos puros e aptos a “tomar o senhor” na missa.
Nunca fui muito à bola com Pinto da Costa, mas julgava-o inteligente. Afinal, à semelhança da maioria dos homens, deixou que a inteligência fosse batida pelo desejo e meteu uma P”#% em casa, nos negócios e no coração. Foi apanhado porque como diz o meu avô, quem com P”#$% joga ao vinte, ou sai pobre ou sai pedinte. Todos os outros dirigentes só confiaram na mulher que levaram ao altar, ou na mãe dos seus filhos, por isso, nunca tentaram manipular resultados… Pelo menos perante a lei.
Agora, Pinto da Costa vai pagar caro o devaneio e acho que até merece. Pena é se um clube com tanta história tiver que pagar por isso.

segunda-feira, junho 04, 2007

Serralves

Caminhar descalça, pela relva minuciosamente tratada e limpa.
Descobrir arte a cada passo que dava. Ouvir música por todos os cantos.
Ver pessoas de todas as idades e culturas reunidas no mesmo espaço.
Crianças, muitas crianças ao sol, rindo e correndo.
Quarenta horas de festa sem parar.
Não me venham dizer que os portugueses não apreciam arte, música, teatro.
Um povo culto é um povo mais inteligente, mais competente, mais criativo.
Fazem falta mais iniciativas assim, senhores mecenas!
É assim Serralves, uma vez por ano.

sábado, junho 02, 2007

Papaguear


Quando a Goretti ficou grávida aos 36 anos, o seu filho único, já com 12, ficou delirante. Queria uma irmã. Todos, familiares e amigos, esperavam uma menina.
A Goretti disse: “Se for menina, há-de chamar-se Papoila, Maria Papoila, se você aceitar ser madrinha.”
Eu concordei. Se fosse menina…
Fez-se a amniocentese e os médicos confirmaram que era uma menina. A Goretti delirou!
A Papoilinha nasceu. A mãe da Papoilinha fala muito, sempre sem parar, ao ponto de se atrapalhar e de atrapalhar os outros. É boa rapariga, mas não pára de falar.
A Papoilinha, sempre que tentava articular um “gugu-gaga”, era interrompida pela mãe, que imaginava verbalizar o que a criança queria dizer. A Papoilinha foi crescendo (muito depressa, digo eu) e foi aprendendo a falar nos intervalos da mãe.
“Olá, estás boa?”
“Papoilinha, diz assim: estou e tu? E a tua mãe? E o teu pai?”
E a menina repetia as palavras exactas da mãe, como um papagaio.
Era impossível conversar com a menina. Fazíamos uma pergunta, ela tentava articular uma resposta e logo a mãe debitava aquilo que achava ser a resposta ideal da pequena.

“Está lá? Parabéns! Já fazes 5 anos! A madrinha vai aí ver-te no fim-de-semana, está bem? Recebeste muitos presentes, hoje?”
“Papoilinha diz à madrinha que recebeste o presente dela e que gostaste muito. Pergunta à madrinha se está boa. Pergunta à madrinha se o marido está bom.”
E a menina a tentar debitar as palavras exactas e pela mesma ordem.

A Papoilinha disse uma vez uma coisa engraçada saída da sua capacidade humana de conversar: quando um dia alguém lhe chamou Papoila, ela respondeu que Papoila era a madrinha e que ela era a Papoilinha.
Esperança!, pensei eu.

A Papoilinha frequenta o jardim escola. Será que lá, longe da Goretti, pode expressar-se naturalmente ou será que aquela cabeça está demasiado formatada com as palavras da mãe? Como madrinha da menina, já alertei delicadamente a mamã para que a deixe conversar à vontade. Não adianta, eu disse e ela não ouviu. Quando se fala muito não se tem tempo para ouvir.
A Papoilinha vai em Setembro para a escola. Espero que nunca venha a ter problemas de personalidade, porque muitas vezes acho que ela ainda não teve oportunidade de começar a formar a sua, livremente, como todos nós. Espero também, que apesar de tudo, consiga articular respostas e compreender perguntas. Se tiver dificuldades, acho que a madrinha tem obrigação de ir contar à professora que durante mais de 6 anos, a menina foi um papagaio…

sexta-feira, junho 01, 2007

Crianças









Hoje é o Dia da Criança.
Ficam aqui as fotos das crianças portuguesas a quem alguém, um dia, roubou a infância.
Hoje é Dia da Criança. Não esqueçamos estes rostos.