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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

terça-feira, novembro 21, 2006

Realidade

Diz-me um dia destes uma amiga: “Então o teu blog, morreu?”
“Penso que não, mas só me lembro de escrever coisas depressivas”- replico.

A Maria Papoila mantém a opinião de que uma atitude positiva é meio caminho andado para atingir um objectivo. Assim sendo, custa-lhe publicar um texto sem uma conclusão de “copo meio cheio”.
Ver o copo “meio cheio” tem sido difícil nos últimos tempos. Não porque a vida da Papoila esteja num mau momento, muito pelo contrário, mas porque o país onde mora lhe pareça cada vez mais sem remédio.
Durante as longas semanas que se arrastou o irritante jackpot do euromilhões, para onde quer que me virasse, lá estava alguém a sonhar: “ se me sair o euromilhões, deixo de trabalhar durante um ano”, “faço uma viagem à volta do mundo”, “dou uma casa a cada um dos meus irmãos”, etc, etc…
Porém, quando as pessoas saem daqueles segundos de sonho, as queixas são cada vez mais.
O ordenado não chega ao fim do mês, determinado trabalho feito há dois meses ainda não me foi pago, não compro nada para mim há quase um ano, hoje não posso ir tomar um copo porque o dinheiro não chega para extravagâncias, um café custava 50 escudos e agora custa 50 cêntimos, o pão de 10 escudos vale 10 cêntimos…
Os governantes falam em retoma, mas o povo parece cada vez mais desanimado. As poupanças de outros tempos ainda vão servindo para ajudar a equilibrar o orçamento, mas quando acabarem, quero ver que governante terá a coragem de falar em retoma.

A Maria Papoila gosta de ver o copo meio cheio. Assim, resta-nos esperar que aqueles que elegemos saibam o que estão a fazer, que a Papoila é como o Zé Povinho, não percebe nada de finanças e muito menos de estratégias económicas.

Se me saísse o euromilhões (aquele da passada semana, em que eu não apostei) a esta hora andava de banco em banco, a pagar as dívidas dos amigos, da família e dos conhecidos…