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Ontem, uma empresária da zona de Cascais perguntou-me se achava que as coisas estão realmente mal ou se já se tornou hábito queixarmo-nos da crise e da falta de dinheiro.
Como típica portuguesa, tive de emitir a minha modesta opinião.
Acredito que há cerca de dois anos ou três, os portugueses se queixavam do preço das coisas e da falta de dinheiro, mas ainda tinham um “pé-de-meia” ou umas notas debaixo do colchão, que permitiam viver da mesma forma e comprar as mesmas coisas.
Hoje, acredito que as poupanças já foram gastas e todos os empréstimos que se podiam pedir já foram pedidos. Hoje, apesar de ser anunciada a famosa “retoma”, o português médio está realmente mal de finanças. A maior parte dos ordenados está adjudicado, à partida, aos bancos e a variados créditos. Mal o ordenado cai na conta, já tem destino: o empréstimo da casa, a mensalidade do cartão de crédito (porque no mês passado o dinheiro não chegou para tudo), o empréstimo do carro, das férias, dos móveis, etc, etc…
A acrescentar a tudo isto, há realmente muito desemprego, muito mais do que aquele que aparece nas estatísticas, ordenados em atraso, empresários e comerciantes que não recebem dos clientes.
A empresária com quem encetei conversa não é portuguesa, mas lembra-se de há 18 anos atrás, quando chegou ao nosso país, ter ficado muito admirada, porque toda a gente pagava a pronto e ninguém tinha cartão de crédito. Bons tempos, esses em que muitos portugueses tinham uma conta poupança e em que só se comprava quando se tinha dinheiro para tal.
Depois de anos de miséria, o português médio habituou-se a uma vida boa, que apesar de não chegar ao nível dos nossos parceiros europeus, era muito melhor do que no passado. De repente, aquando da adesão ao Euro, tudo começou de novo a decair.
É fácil habituarmo-nos à boa vida, mas é difícil voltar “a passar necessidades”. Assim, estamos endividados até ao pescoço e esta Papoila não prevê coisas boas nos próximos anos…
Como típica portuguesa, tive de emitir a minha modesta opinião.
Acredito que há cerca de dois anos ou três, os portugueses se queixavam do preço das coisas e da falta de dinheiro, mas ainda tinham um “pé-de-meia” ou umas notas debaixo do colchão, que permitiam viver da mesma forma e comprar as mesmas coisas.
Hoje, acredito que as poupanças já foram gastas e todos os empréstimos que se podiam pedir já foram pedidos. Hoje, apesar de ser anunciada a famosa “retoma”, o português médio está realmente mal de finanças. A maior parte dos ordenados está adjudicado, à partida, aos bancos e a variados créditos. Mal o ordenado cai na conta, já tem destino: o empréstimo da casa, a mensalidade do cartão de crédito (porque no mês passado o dinheiro não chegou para tudo), o empréstimo do carro, das férias, dos móveis, etc, etc…
A acrescentar a tudo isto, há realmente muito desemprego, muito mais do que aquele que aparece nas estatísticas, ordenados em atraso, empresários e comerciantes que não recebem dos clientes.
A empresária com quem encetei conversa não é portuguesa, mas lembra-se de há 18 anos atrás, quando chegou ao nosso país, ter ficado muito admirada, porque toda a gente pagava a pronto e ninguém tinha cartão de crédito. Bons tempos, esses em que muitos portugueses tinham uma conta poupança e em que só se comprava quando se tinha dinheiro para tal.
Depois de anos de miséria, o português médio habituou-se a uma vida boa, que apesar de não chegar ao nível dos nossos parceiros europeus, era muito melhor do que no passado. De repente, aquando da adesão ao Euro, tudo começou de novo a decair.
É fácil habituarmo-nos à boa vida, mas é difícil voltar “a passar necessidades”. Assim, estamos endividados até ao pescoço e esta Papoila não prevê coisas boas nos próximos anos…
1 Comments:
At 23/4/07 03:15, PedroPaulo said…
Pois é. Com o Euro veio inflação.Também tenho essa sensação.
Oficialmente a nossa inflação é baixa mas será de facto assim?Não me parece.
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