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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

O jogo da vida

A Maria Papoila gosta de futebol. É claro que não sou especialista, mas sei reconhecer um “fora de jogo” e uma ou outra infracção.
Gosto especialmente de ver jogar a Selecção Nacional ou o “meu” FCP, mas tem de ser um bom jogo, jogado com amor à camisola e com jogadas bonitas. Se houver golos, tanto melhor.
Ontem jogou-se um bom jogo no Estádio do Dragão. O meu FCP merecia ter ganho, mas ficou-se pelo empate. Os jogadores quiseram e fizeram tudo para ganhar.
Faltou-lhes um bocadinho de sorte.
Isto faz-me pensar que o futebol acaba por ser um pouco como a vida.
Passo a explicar:
Divido o meu grupo de amigos em 3.
No primeiro grupo, estão aqueles que lutaram por um bom emprego, que o conseguiram e que demonstram ser merecedores desses empregos (ou seja, trabalharam com vista a um objectivo e tiveram a sorte de o conseguir atingir).
No segundo grupo, estão os amigos que se deixaram sempre “ir na onda” e que, por sorte, encontraram um emprego adequado às suas habilitações, numa boa empresa, e na verdade, eu não sei por quanto tempo se vão manter por lá. Mas acredito que para esses amigos, a seguir a uma boa situação vem logo outra, ainda melhor.
No terceiro grupo, estão os amigos que eu admiro mais. Aqueles amigos que lutam por um lugar ao sol e que não ficam em casa a viver do subsídio de desemprego, mas vão à procura de algo para fazer, mesmo que seja algo que não tem nada a ver com as suas capacidades e habilitações. Esses meus amigos, dou-os como exemplo a toda a gente. Desses meus amigos tenho mais orgulho do que de todos os outros. É por causa desses meus amigos que me pergunto para que raios servem os testes que se fazem nos gabinetes de recursos humanos. É por causa desses meus amigos e por causa de tantos outros espalhados pelo país fora que me pergunto se sabemos aproveitar as capacidades de quem realmente as tem. É por essas pessoas, que eu acredito, que tal como no futebol, é preciso ter o factor sorte.
Como diz a minha mãe, vale mais cair em graça do que ser engraçado…