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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

segunda-feira, julho 17, 2006

Sucesso

Este fim de semana, a Papoila deparou-se com uma revista da qual constava uma entrevista com o Professor João Caramês, distinguido com um prémio da “New York College of Dentistry”. Questionado acerca das diferenças entre trabalhar em Lisboa e em Nova York, foi esta a resposta do ilustre Professor da Universidade de Lisboa:
“O problema que temos é o de haver uma falta de cultura de mérito. Muitas vezes acontece um nivelamento por baixo. Quem se afirma por fazer algo de diferente é muitas vezes visto como um alvo a abater. Os Estados Unidos desenvolveram-se muito por causa da cultura de mérito.
As pessoas trabalham por merecer aquilo que conseguem. Em Portugal, as mentalidades mudam, mas devagar. Precisamos de superar-nos nas nossas profissões. A cultura de êxito não pode acontecer só no futebol. Temos um país fantástico, uma grande cultura, só precisamos de nos aproveitarmos a nós próprios.”
Agora a Papoila tem algumas questões a fazer:
- Será cultura de mérito instituir como anti-pedagógicos os trabalhos de casa dos meninos da escola primária?
- Será cultura de mérito repetir os exames de Física e Química do 12º ano?
- E dar tudo aos adolescentes sem que estes nunca tenham sequer sabido o que é trabalhar, é cultura de mérito?
- Chamar “marrão” e coisas piores ao melhor aluno da turma, é cultura de mérito?
- Dar “rendimento mínimo garantido” (ou lá como se chama isso agora) a jovens e não lhes instituir obrigações para com a comunidade, é cultura de mérito?

A Papoila há-de ir a Lisboa conhecer o Professor João Caramês. Para além de estar a precisar de um implante dentário, gostava de ter a oportunidade de lhe dizer que realmente somos um país fantástico e só temos de começar a acreditar que cada um de nós também pode ser fantástico. Basta querer. Olhem o exemplo do próprio Professor!


Para ler a entrevista completa deste senhor, veja-se a revista "Focus" de 11/7/2006