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Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

sábado, maio 27, 2006

O ar que respiramos

Desde há algum tempo que a Papoila desconfia que anda alguma substância estranha e alucinogénica no ar que respiramos. Para quem acha que a Papoila é que andou “a tomar umas coisas”, recomendo um exercício: que se olhe em volta e se comece pelos amigos e familiares. Analisemos a olho nú ( porque estes comportamentos estranhos saltam à vista) aquilo que os mais próximos e nós próprios andamos a fazer e a dizer.
Estranho, não é?
Pois, é aquele casal que se dava exemplarmente e que de repente está separado, é aquele amigo que tinha uma carreira promissora e deixa tudo porque está farto, é o primo que se apaixona por uma pessoa complicadíssima, é o conhecido (sempre calmo) que desatou aos tiros contra a família ou o avô de 80 anos que resolveu e ir passar férias sózinho a Fortaleza.
A Papoila, como a maioria das pessoas, sempre conheceu e se deu com pessoas estranhas, que fugiam ao protótipo de “normais”. No entanto, com o passar do tempo, essas pessoas foram desaparecendo do mapa da minha vida e ficaram aquelas com características mais idênticas às minhas. É que a Papoila tem a mania que é muito “normal”...
No entanto, amigos, aqui vai o aviso: já não há pessoas normais, cujo percurso de vida caiba no ideal que fomos construindo ao longo do tempo.
Qual é a razão? Que cada um justifique à sua maneira.
A Papoila acha que anda alguma substância estranha e alucinogénica no ar...

2 Comments:

  • At 30/5/06 02:00, Blogger Rita de Cássia said…

    Olá Papoila!

    Adorei a visita, apareça mais vezes.

    Bom, se por aí as coisas também estão estranhas, então o problema deve ser mesmo no ar...a Papoila está certa. Algo na atmosfera está enlouquecendo as passoas. Será a camada de ozônio?

    :)

    Beijos

     
  • At 30/5/06 12:16, Blogger Jorge said…

    Eu também acho que a coisa não bate certA, muito embora me não considere criatura normal, pelo menos no sentido que se atribui a esse estado de ser.
    Deve ser a polinização que trás consigo tantos alergénios, sobretudo daqueles que nos perturbam a alma: a vida não está fácil, acrescendo o facto de, sempre, com o respectivo atraso, estarmos à mercê dos males que vêm de fora, agravados pela nossa identidade depressiva, bem expressa na predestinação de que o fado tanto fala.
    Obrigado pela visita ao meu fatigado blogue, tão desinspirado ultimamente.
    Vê! Eu não lhe dizia: é a depressão!!!

     

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