Potencial
Quando a Papoila visitou o Brasil ficou surpreendida com aquelas terras e por várias vezes pensou que parecia impossível que um país com tantas riquezas naturais fosse tão pobre. Porquê que aquele povo não aproveitava as potencialidades do seu país?
E tive de fazer um paralelismo.
Porquê que os Portugueses não exploram o seu potencial individual e colectivo?
Antes que os cépticos desatem a rir, permitam-me explicar:
Podemos dizer com amargura que a nossa indústria está na sua maioria a anos-luz da indústria mundial, mas se tantas vezes se diz que somos um país de inventores, por que raio havemos de produzir os nossos inventos no estrangeiro? Que tal sermos aventureiros e começarmos nós próprios a investir nas nossas ideias?
Desde criança que ouço classificar os nossos sapatos e têxteis como sendo os melhores do mundo. Se isto é verdade, porque raio insistem os nossos fabricantes em competir com os produtos vindos da China? Façam o favor de começar a produzir produtos de qualidade superior, de luxo! O mercado dos produtos de luxo não entra em crise...
Num mundo em que cada vez mais as pessoas temem pela qualidade dos produtos alimentares, que tal dar a conhecer ao mundo a qualidade e o sabor dos produtos biológicos produzidos em Portugal? Senhores agricultores, esqueçam o individualismo e unam-se em cooperativas.
Somos conhecidos pelo nosso clima? Os ricaços dos nórdicos não precisam de sair da Europa para apanhar sol, basta-lhes vir até Portugal! Devemos mostrar-lhes que o nosso país não é só o Algarve e fazê-los andar por aí, de Norte a Sul, a gastar dinheiro.
Temos muitos imigrantes ilegais? Vamos legalizá-los e pô-los a pagar impostos. Eles adquirem direitos e o Estado adquire euros.
Há muitos bares de alterne, bordéis cheios de lindas russas e brasileiras?
Esqueçamos os falsos pudores e legalize-se a mais velha profissão do mundo!
Alguém fica assim tão incomodado com a “Red Light” na Holanda?
Sejamos realistas: sexo é negócio e muito lucrativo!
Temos casinos e ainda vamos ter mais. Um casino não pode viver apenas dos tristes jogadores nacionais! Senhores empresários, invistam no glamour: há sempre uma estrela de Hollywood a precisar de voltar à ribalta e disposta a vender o vosso produto. O Mónaco apostou no glamour e saíu do buraco.
Se as nossas praias são maravilhosas, porque não torná-las ainda mais apetecíveis criando condições além das exigidas para conseguir bandeira azul?
Uma vez no estrangeiro, os portugueses são vistos como gente trabalhadora. Será que só cá ficaram os preguiçosos? Que cada um de nós cumpra todos os dias com as suas tarefas e ainda lhes acrescente algo mais.
Falemos da cozinha portuguesa que tantas vezes é classificada como sendo das melhores do mundo. Porque raio começaram os nossos restaurantes a servir “Magret au Canard” se o nosso pato recheado é mais saboroso?
Depois destes exemplos, só quero lembrar que o nosso maior potencial está na afabilidade e nas ideias. Que cada português ponha a imaginação a funcionar para além do desenrascanço.
Empreendedorismo é preciso!
E tive de fazer um paralelismo.
Porquê que os Portugueses não exploram o seu potencial individual e colectivo?
Antes que os cépticos desatem a rir, permitam-me explicar:
Podemos dizer com amargura que a nossa indústria está na sua maioria a anos-luz da indústria mundial, mas se tantas vezes se diz que somos um país de inventores, por que raio havemos de produzir os nossos inventos no estrangeiro? Que tal sermos aventureiros e começarmos nós próprios a investir nas nossas ideias?
Desde criança que ouço classificar os nossos sapatos e têxteis como sendo os melhores do mundo. Se isto é verdade, porque raio insistem os nossos fabricantes em competir com os produtos vindos da China? Façam o favor de começar a produzir produtos de qualidade superior, de luxo! O mercado dos produtos de luxo não entra em crise...
Num mundo em que cada vez mais as pessoas temem pela qualidade dos produtos alimentares, que tal dar a conhecer ao mundo a qualidade e o sabor dos produtos biológicos produzidos em Portugal? Senhores agricultores, esqueçam o individualismo e unam-se em cooperativas.
Somos conhecidos pelo nosso clima? Os ricaços dos nórdicos não precisam de sair da Europa para apanhar sol, basta-lhes vir até Portugal! Devemos mostrar-lhes que o nosso país não é só o Algarve e fazê-los andar por aí, de Norte a Sul, a gastar dinheiro.
Temos muitos imigrantes ilegais? Vamos legalizá-los e pô-los a pagar impostos. Eles adquirem direitos e o Estado adquire euros.
Há muitos bares de alterne, bordéis cheios de lindas russas e brasileiras?
Esqueçamos os falsos pudores e legalize-se a mais velha profissão do mundo!
Alguém fica assim tão incomodado com a “Red Light” na Holanda?
Sejamos realistas: sexo é negócio e muito lucrativo!
Temos casinos e ainda vamos ter mais. Um casino não pode viver apenas dos tristes jogadores nacionais! Senhores empresários, invistam no glamour: há sempre uma estrela de Hollywood a precisar de voltar à ribalta e disposta a vender o vosso produto. O Mónaco apostou no glamour e saíu do buraco.
Se as nossas praias são maravilhosas, porque não torná-las ainda mais apetecíveis criando condições além das exigidas para conseguir bandeira azul?
Uma vez no estrangeiro, os portugueses são vistos como gente trabalhadora. Será que só cá ficaram os preguiçosos? Que cada um de nós cumpra todos os dias com as suas tarefas e ainda lhes acrescente algo mais.
Falemos da cozinha portuguesa que tantas vezes é classificada como sendo das melhores do mundo. Porque raio começaram os nossos restaurantes a servir “Magret au Canard” se o nosso pato recheado é mais saboroso?
Depois destes exemplos, só quero lembrar que o nosso maior potencial está na afabilidade e nas ideias. Que cada português ponha a imaginação a funcionar para além do desenrascanço.
Empreendedorismo é preciso!
5 Comments:
At 23/9/05 17:44, Rita de Cássia said…
O Brasil tem tamanho de grande potência, riquezas naturais de grande potência e esbanja na que será a maior riqueza no futuro, ÁGUA. Mas só consigo imaginar uma causa para não sermos um país rico, o nosso povo. Apesar de sermos um povo "do bem", solidário, de paz, receptivo, nos falta iniciativa, empreendedorismo, o que parece que falta também aos portugueses. Talvez tenhamos herdado algum gene, que sabe? Mas não justifica o desamor à nossa pátria. Acredito que nosso povo só levanta nossa bandeira verde-amarela quando participamos de competições esportivas - na copa do mundo, por exemplo. Nesses momentos a nação se une, como deveria fazer sempre que um político nos rouba milhões de nossos cofres públicos. Por isso sempre estivemos e continuaremos nas mãos dos investidores estrangeiros. Isso dói na alma.
Beijos
At 23/9/05 17:44, Rita de Cássia said…
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
At 8/10/05 19:26, moon between golden stars said…
A imaginação é uma arma muito poderosa!!! Agradeço a visita!!!
jinhus grds
At 11/10/05 01:33, Jorge said…
Bem pregava Frei Tomás.
Até certo ponto compreendo os seu entusiasmo,mas acredite que nós não prestamos:veja-se o exemplo de quem em primeiro lugar o deveria dar, o poder, que é o primeiros a exibir um egoísmo peçonhento,cedendo a loobies de tantas cores e interesses, estando-se nas tintas para opiniões válidas e empenhadas como a sua, carregadas desse entusiasmo tão jóvem que, infelizmente, é impracticável e utópico neste País onde esse mesmo egoísmo parece estar impresso numa espécie de código genetico com à nascença vimos marcados.
Já Eça e Ortigão assim o referiam: leiam-se as farpas e ficamos elucidados.
Desculpe por destruir esse admirável castelo de cartas que lhe vai na alma e acredite que é no dinhero que , infelizmente reside a força.
At 11/10/05 16:40, Maria Papoila said…
Caro Jorge:
Devo informar que apesar de entusiasta, ingénua é coisa que eu não sou. Quando escrevo este tipo de textos pretendo apenas demonstrar que se quiséssemos, podíamos fazer melhor e ser melhores! Quanto à genética, já vi filhos de toxicodependentes vencerem na vida e filhos de caloteiros serem bons pagadores.
Um abraço!
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