hit counter

Teorias

A Maria Papoila é a típica portuguesa, que tal como todos os bons portugueses tem sempre uma teoria acerca de tudo e de todos e não vê mal algum em impingir as suas opiniões aos mais desprevenidos...

sexta-feira, janeiro 13, 2006

Enquanto tudo derrete...

Esta semana a Papoila foi às compras à baixa do Porto.
Cheguei a casa destroçada!
Há muito que não ía para aquelas bandas ( comprar não é um passatempo que aprecie) e foi chocante ver que porta sim , porta não, os estabelecimentos estavam fechados. Até os famosos armazéns BOMBOM estão em liquidação total! Uma casa que empregava tanta gente e onde se encontrava de tudo, desde um chapéu a um tecido da melhor qualidade, vai fechar! E as outras casas que se mantêm abertas quase sem ninguém lá dentro, mesmo em tempo de saldos!
É isto que está a acontecer ao nosso país, à nossa pátria? Estamos em liquidação total e não somos capazes de nos revoltar e afirmar que o nosso país não está em saldo?
Não entendo nada de economia, mas tenho quase a certeza de que nenhum português entende! Como é que chegamos a este ponto?
O Portugal como o conhecemos está a fugir-nos por entre os dedos e não fazemos nada.
Mea culpa que só depois de ver a miséria que vai pelas ruas da baixa senti o meu alarme interior disparar. Nossa culpa, que ficamos no sofá a assistir às promessas vazias de candidatos que só querem tacho para si e para os seus. Nossa culpa, que só olhamos para o próprio umbigo enquanto tudo derrete à nossa volta!
Soluções, não as consigo imaginar, nem tenho a presunção de me aventurar a falar do que não sei, nem entendo.
Assim, uso as palavras de António Lobo Antunes: “Que Farei Quando Tudo Arde?”

5 Comments:

  • At 17/1/06 12:53, Anonymous Anónimo said…

    É o grande problema do comércio tradicional versus comércio industrial.

    Soluções há várias. Mas os interesses económicos envolvidos nas grandes superfícies e noutras infra-estruturas do tipo, relegam para segundo plano a preservação do comércio mais tradicional e que dá a vida a uma baixa da cidade.

    É preciso mais apoio do poder local (vulgo Câmaras Municipais) para não deixar morrer a baixa de uma cidade.

    Mas isto acontece não só no Porto, como noutras cidades do país, como Lisboa, por exemplo. E tudo começa pela proliferação desmedida dos mamarrachos de betão onde inúmeras pessoas em fato-de-treino se passeiam, para fugir à chuva ou ao tédio do fim-de-semana.

     
  • At 17/1/06 23:21, Blogger Maria Papoila said…

    Anónimo:
    Como não gosto de centros comerciais, não percebo essas pessoas que lá vão passear, mas também não são as que lá vão passear que me preocupam: são as que lá vão comprar, muitas vezes por preços mais elevados do que na baixa e ainda por cima, tudo standardizado.
    Se as lojas de um shopping podem estar abertas à noite, fins de semana e feriados, por que raio não podem fazer o mesmo as lojas de rua?

     
  • At 18/1/06 00:39, Blogger tixa ® said…

    adoro ir num dia de inverno, cheio de sol, á baixa. n existe baixa mais bonita q a nossa (Porto). Então qd é c aquele cheirinho a natal... Mas o que é certo, é que hoje em dia para se fazer compras, toda a gente vai para um centro comercial. Eu vou ao centro comercial, até por uma questão de horários. Não sei se ajudava, mas e calhar seria de tentar, as lojas na baixa abrirem mais tarde, e assim fecharem mais tarde. Isso talvez ajudasse a acabar com a desertificação da nossa baixa.
    Temos o Via Catarina, que na minha opinião até ajuda um pouco. Enquanto dás um saltinho no shopping, acabas sempre por ver as lojas de rua. Acho que o parque de estacionamento, durante a noite, agora é gratuito. Na minha opinião, é capaz de ser um pouco tarde.

     
  • At 25/1/06 09:20, Blogger Alberto Oliveira said…

    Será bom também não esquecer que uma enorme fatia das lojas das grandes superfícies empregam mão de obra barata*, situação que o comércio tradicional dificilmente pode combater, pelo menos no que se refere a horários mais alargados.


    * Pessoas que aceitam toda a sorte de contratos,inclusivamente o não pagamento de horas extraordinárias, porque têm de subsistir a qualquer preço...

     
  • At 16/2/06 12:59, Blogger Mónica said…

    adeus já não comento mais! gostei da visita!

     

Enviar um comentário

<< Home