Papagaios
Este fim-de-semana, a Papoila foi ao Teatro ver a fantástica Marília Pêra interpretar “Mademoiselle Chanel”. É um monólogo interessante em que ficamos a saber muito sobre Coco Chanel e ainda por cima nos regalamos só de ver os modelitos que vão surgindo constantemente em cima do palco.
A certa altura, Chanel diz o seguinte: “Adoro falar, falar sem parar, mas há cada vez menos gente que goste de ouvir!”
Esta frase fez-me pensar, até porque a Papoila quase que chegava tarde ao Teatro pela simples razão de ter uma vizinha que adora falar, falar sem parar.
É verdade: há cada vez menos pessoas dispostas a ouvir. Conheço vários exemplos de pessoas que são capazes de falar durante horas seguidas, de vários assuntos entrecortados com outros assuntos variados, sem se darem conta de que já chega e que no fundo, o que dizem já não faz sentido.
(Deixo já esclarecido que a Papoila também adora falar!!)
Porquê que isto acontece?
Consigo pensar em várias razões, quase todas baseadas nos exemplos que me são mais próximos.
A solidão será provavelmente a razão que em primeiro lugar nos ocorre a todos, mas por vezes, o tipo de profissão também poderá ser responsável por este “Síndrome do Papagaio”.
Conheço também pessoas que tiveram experiências muito traumatizantes e que falam sem parar de tudo, menos do trauma.
Não posso esquecer quem fala apenas de si e anseia dar a conhecer ao mundo todos os seus problemas e todas as suas alegrias.
Outro exemplo terrível é o das pessoas que falam sem parar de toda a gente que conhecem, mesmo que o ouvinte nunca tenha conhecido a tal pessoa.
Parece-me que a nossa sociedade tem aqui um problema. Há por aí um sociólogo que me possa explicar as razões e as consequências disto?
Enquanto não aparece por aqui o tal sociólogo, deixo uma sugestão: vamos começar a ouvir mais o próximo. Vamos prestar atenção ao nosso cônjuge, ao nosso colega, ao nosso amigo, ao nosso pai! Vamos ouvir o que temos para dizer uns aos outros e acabar com os monólogos.
É com a troca de ideias e de experiências que uma sociedade evolui.
Agora a Papoila vai calar-se e “ouver” outras opiniões.
A certa altura, Chanel diz o seguinte: “Adoro falar, falar sem parar, mas há cada vez menos gente que goste de ouvir!”
Esta frase fez-me pensar, até porque a Papoila quase que chegava tarde ao Teatro pela simples razão de ter uma vizinha que adora falar, falar sem parar.
É verdade: há cada vez menos pessoas dispostas a ouvir. Conheço vários exemplos de pessoas que são capazes de falar durante horas seguidas, de vários assuntos entrecortados com outros assuntos variados, sem se darem conta de que já chega e que no fundo, o que dizem já não faz sentido.
(Deixo já esclarecido que a Papoila também adora falar!!)
Porquê que isto acontece?
Consigo pensar em várias razões, quase todas baseadas nos exemplos que me são mais próximos.
A solidão será provavelmente a razão que em primeiro lugar nos ocorre a todos, mas por vezes, o tipo de profissão também poderá ser responsável por este “Síndrome do Papagaio”.
Conheço também pessoas que tiveram experiências muito traumatizantes e que falam sem parar de tudo, menos do trauma.
Não posso esquecer quem fala apenas de si e anseia dar a conhecer ao mundo todos os seus problemas e todas as suas alegrias.
Outro exemplo terrível é o das pessoas que falam sem parar de toda a gente que conhecem, mesmo que o ouvinte nunca tenha conhecido a tal pessoa.
Parece-me que a nossa sociedade tem aqui um problema. Há por aí um sociólogo que me possa explicar as razões e as consequências disto?
Enquanto não aparece por aqui o tal sociólogo, deixo uma sugestão: vamos começar a ouvir mais o próximo. Vamos prestar atenção ao nosso cônjuge, ao nosso colega, ao nosso amigo, ao nosso pai! Vamos ouvir o que temos para dizer uns aos outros e acabar com os monólogos.
É com a troca de ideias e de experiências que uma sociedade evolui.
Agora a Papoila vai calar-se e “ouver” outras opiniões.
1 Comments:
At 28/11/05 12:40, Alberto Oliveira said…
Maria:
Não sou sociólogo mas procuro minimamente OUVIR o que se passa à minha volta. Antes de continuar, também devo prevenir que gosto imenso de falar; aliás, falar, é um óptimo exercício e através desse acto, ficamos a saber as opiniões do nosso interlocutor e ele... as nossas, estabelecendo assim, aquilo a que se chama diálogo.
"Falar pelos cotovelos" poderá não ser necessáriamente negativo... se se der oportunidade ao "outro" de também se exprimir. Ora na verdade, hoje por hoje, a tentação de afirmação pessoal é tanta, que o diálogos se transformaram em "guerra de palavras", sendo habitual assistirmos a "exibições competitivas" de quem melhor CONSEGUE CALAR A OPINIÃO DO OUTRO.
Estas "exibições" são-nos oferecidas quase diariamente pelos media (rádio e televisão) e por pessoas que teriam a responsabilidade de "dar o exemplo", porque são habitualmente dirigentes políticos ou fazedores de opinião.
Pelo contrário, "apontam-nos como não se deve fazer"... ou dialogar?
Tem uma boa semana.
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