Hoje a Papoila ficou muito ofendida!!
Não é que um tal de A. A. Gill, crítico de gastronomia em Inglaterra, não gostou de um restaurante de comida portuguesa que visitou e desatou a desancar todo o nosso país?
Os insultos abrangem quase todas as coisas de que nos orgulhamos. Assim, vou deixar aqui algumas respostas a este senhor Gill, mas em Português, porque se eu sei falar e escrever em Inglês, ele, que é um ser tão superior, vai com certeza entender o meu Português.
Diz o tal senhor que os portugueses, que outrora construíram um império, conhecidos por terem boas relações com os naturais das terras que colonizaram, só o fizeram porque na verdade, e vou tentar traduzir à letra, só queríamos dar umas “quecas”.
Aqui comecei a pensar que a mulher do senhor Gill o deve ter trocado por um português...
O tal senhor prossegue e desafia os leitores a indicarem pelo menos três portugueses famosos que não tenham sido marinheiros.
Acho que consigo nomear alguns, mas entretanto percebi que deve bastar um para deixar um inglês que não seja adepto do Chelsea engasgado. Pois é mesmo esse! José Mourinho... Isto para não falar de Figo, Cristiano Ronaldo, Mariza, Amália, Eusébio ou Saramago (mas este, ele não deve conhecer, porque o tal Gill não deve ter cultura que atinja isso!)
Quanto a gastronomia, diz ele que em Portugal, as entradas não passam de cópias das tapas espanholas e depois, só se aproveita o bacalhau, porque o resto são só caldos gordurosos...
Bem, parece que vou ter de convidar este senhor a visitar o nosso país, que é coisa que ele já assumiu nunca ter feito e levá-lo a provar a sopa de cação, o cabritinho de Armamar, o leitão assado, que são coisas bem mais saborosas, mais saudáveis e menos gordurosas que as tão britânicas batatas fritas cobertas de vinagre e acompanhadas com peixe... frito.
A. A. Gill arrasa a NOSSA PÁTRIA, mas não faz mais do que todos nós já fizemos pelo menos uma vez. Ele fá-lo certamente por ignorância e nós porque o fazemos? Será porque adoramos criticar os outros e nos esquecemos que os outros, a quem costumamos chamar “os portugueses”, somos todos nós?
Um dos candidatos à Presidência da República repetiu por várias vezes no seu discurso a palavra PÁTRIA. Ultimamente, ”os portugueses” só falam em PÁTRIA nas noites em que joga a selecção nacional.
Portugal só poderá levantar a cabeça e sair da crise no momento em que todos enchermos o peito de orgulho para falar da NOSSA PÁTRIA.
Nessa altura, nenhum inglês de segunda terá coragem de escrever um texto como o de A. A. Gill.
É como aquele anúncio: se não gostarmos de nós, quem gostará?
Se quiserem, vejam o artigo do tal inglês:
http://women.timesonline.co.uk/article/0,,18030-1730930,00.html
9 Comments:
At 17/11/05 20:06, ni said…
bem, mas que anormal...
Beijos e abraços
At 18/11/05 11:54, Alberto Oliveira said…
Penso que se deu demasiada importância a um súbdito inglês que não gosta do nosso país e a quem faltam argumentos para demonstrar tal animosidade.
Eu também tenho alguma animosidade para com o que se passa neste país por motivos mais que óbvios. O manifesto (como lhe chamou correctamente um dos teus comentadores no post abaixo) de EPC é um repositório do porquê dessa animosidade, embora com um final algo teatral, pois tenho para mim que haverão portugueses que têm a consciência exacta do seu empenhamento a favor do país, trabalhando com honestidade (e por vezes com que dificuldade!), têm os impostos em dia e recusam favores de qualquer aparelho partidário para subirem na vida ou pagar uma simples dívida.
Esses, não se reveem ao espelho como EPC. Nem eu.
At 18/11/05 12:32, Hugo Pereira said…
Já agora, conheçam o grande cromo do A.A. Gill. Ou também, na Wikipedia.
Acho que este gajo tem a mania de ser polémico... vejam só o que ele escreveu sobre Inglaterra, no texto intitulado "I Hate England, no passado dia 30 de Outubro.
Enfim... há pessoas que só conseguem chamar a atenção falando mal de tudo e de todos...
At 19/11/05 00:27, Jorge said…
Como vê, minha cara amiga,em vez de pensar em coisa importantes(não leve a mal a ironia, nem pense que a estou aretribuir pelo comentário que me deixou, que, afinal nos ensina também a respeitar a ingenuidade e às vezes a grandeza da poesia popular, tantas vezes tão didáctica),também se preocupa com coisas banais com sejam: a baixeza e ordinarice desse infecto bife mal cheiroso de nome A.A Gill, que nunca deve ter tomado um banho decente na pêga da vida, nem comido mais do que pequenos almoços ranhosos de feijões vermelhos adocicados, acompanhados de ovos estrelado e batatas fritas , das que eles emborcam com peixe frito embulhado em papel de jornal, tudo bem regado à boa maneira das cliques alcoólatras da sua merdos ilha.Não se irrite, porque escroques desses ninguém leva em conta, a não ser para talvez lhes apontar algum corno que lhe tenha crescido nao frontespicio de etiologia portuguesa(entenda-se que porventura à megera da mulher com quem eventualmente vive não lhe faltaria vontade de levar uma queca de primeira de um portuga, por mais rafeiro que fosse.
At 20/11/05 22:00, Rekoa Meton said…
Só tenho a dizer: dêem com força no incomensurável cretino.
At 22/11/05 14:19, Jorge said…
Obrigado pela visita ao meu escrito sobre aerogramas.
Pessoalmente tenho muitas estórias da guerra onde também me vi envolvido,nos tempos que felizmente para si ainda estavam longe,
Sabe que o Solrac conseguiu juntar em sua cas alguns bloggers que se não conheciam pessoalmente, numa noite que se tornou muito agradável e muitas dessas coisas sobre a guerra e não só, foram faladas, o que demonstra que estes espaços onde deixamos escritos podem ser um melhor veículo para estreitar laços entre aqueles que vivem nesta sociedade cada vez mais desumanizada e só se encontram no espaço virtual.
junte-se ao grupo, pois penso que os que lá estiveram gostariam de a incluir no grupo, até porque acham que o que deixa no seu blog é interessante.
At 22/11/05 21:07, isabel mendes ferreira said…
olá venho agradecer a simpatia....:) e algo está mal no reino da net mas há-de passar....o piano há-de continuar....espero.bjs.
At 23/11/05 22:47, Jorge said…
ão deixo mais, porque , afinal aofim de tantos anos ainda me é muito difícil aborfar um assunto que tantas marcas me deixou na alma e na pele.
At 24/11/05 23:44, Jorge said…
Então onde está essa veia? Querias estórias da guerra e prometo que se tiver coragem te contarei algumas; as mais ingénuas e gratificantes, porque também houve disso.
Enviar um comentário
<< Home